Em país de católicos, nada mais justo esperar que a população se coloque temente ao tal Deus, invocando-o a todo o momento. A despeito do tal mandamento que diz inclusive que Ele não deixará impunes aqueles que tomarem de Seu nome em vão, o Brasileiro tem o Nome na ponta da língua. Reflexo imediato disto está no sem número de interjeições e locuções interjetivas, algumas diretas, outras numa corruptela que ninguém nem saca mais.
Mas, isso também não é nada mais impróprio para aqueles que negam Deus, ateus, deístas, agnósticos, enfim aqueles que não são religiosos. E mesmo para praticantes de outras religiões, que não idolatram Nossa Senhora, santos, Jesus e outros mais. Nascer em um país de maioria católica, ou mesmo de maioria religiosa praticante, pode ser uma sina pra os adeptos do difícil caminho que é a negação.
Pela simples vivência com pessoas ditas religiosas, desde o berço, passando pela escola até a vida adulta, adquire-se expressões como 'Meu Deus!', 'Jesus!', 'Minha Nossa Senhora!'. Inconscientemente o traquejo social imprime estas construções na nossa cabeça, sem que por vezes tenhamos a menor noção do que estas expressões significam.
Saído de 'Minha Nossa Senhora!' vem primeiro um 'Minha Nossa!' até cair no simples 'Nossa!', que passa completamente desapercebido aos mais incautos. Nossa o quê? Não tem nada meu ali, ao menos. Outro caso semelhante é o 'Vixê!', dos mais terríveis, outra disfarçada invocação à Virgem. 'Aff' também está na mesma, vindo de 'Ave', do 'Ave Maria' de tantas orações. Mas esse ainda tem a desculpa de ser uma simples saudação, ou pronome de tratamento, como 'Vossa Excelência'. Vide 'Ave César', embora faça menção a deificação do líder.
E ainda tem as mais agressivas, que não só quando proferidas pela sua própria boca não-cristã são contraditórias, mas quando direcionadas a você. 'Credo!' e 'Cruz!' e o 'Cruz, credo!' se encaixam aí, já que não só expressam espanto e surpresa, mas também desgosto e indo mais além praticamente exorcizam a pessoa! Não me lembro quem foi que disse que todos têm demônios interiores, mas é pra isso que existem interjeições assim.
Chegando nos regionalismos, peguemos o 'Voti!', 'Vote!' ou 'Votes!', depende de onde você vem. Mais encoberto ainda, está lá um 'Vou te esconjurar!', terrível, terrível e ameaçador.
Claro que não são só os Católicos entram nessa história, mas todos os religiosos. Lá fora, com os falantes do inglês e sabe-se lá pertencentes a que religião, tentaram evitar incorrer num pecadinho bobo, e deturparam o 'Oh, My God!' atirando em seu lugar 'My Gosh!'.
Agora, irritante mesmo são os desejos expressos pelos catoliquinhos, como 'Se Deus quiser!', 'Queira Deus!', 'Graças a Deus' ou 'Vá com Deus!'. Para se ter idéia do tamanho da ofensa que é dizer se mais nem menos dessas, imagine o católico ouvindo de um ateu com toda a sinceridade e sem mal algum no coração um 'Vá SEM Deus em seu caminho!'. Sem comentar os politeístas então, pelos Deuses. E graças a Deus nada, ou foi mérito próprio do agraciado ou pura sorte.
Como livrar-se desse vício? Difícil, mais do que largar da nicotina, já que aparentemente este não faz mal algum, senão ferir ideologicamente os mais sisudos. Pais realmente conscientes da criação imparcial de seus filhos deveriam impedi-los não apenas de ouvir palavrões(se é que isso é correto), mas também de ouvir essas interjeições de cunho religioso. E nem comentemos também os pobres batizados sem saber falar 'papai', que dirá 'padre'.
Malditos soldados jesuítas.
Mas, isso também não é nada mais impróprio para aqueles que negam Deus, ateus, deístas, agnósticos, enfim aqueles que não são religiosos. E mesmo para praticantes de outras religiões, que não idolatram Nossa Senhora, santos, Jesus e outros mais. Nascer em um país de maioria católica, ou mesmo de maioria religiosa praticante, pode ser uma sina pra os adeptos do difícil caminho que é a negação.
Pela simples vivência com pessoas ditas religiosas, desde o berço, passando pela escola até a vida adulta, adquire-se expressões como 'Meu Deus!', 'Jesus!', 'Minha Nossa Senhora!'. Inconscientemente o traquejo social imprime estas construções na nossa cabeça, sem que por vezes tenhamos a menor noção do que estas expressões significam.
Saído de 'Minha Nossa Senhora!' vem primeiro um 'Minha Nossa!' até cair no simples 'Nossa!', que passa completamente desapercebido aos mais incautos. Nossa o quê? Não tem nada meu ali, ao menos. Outro caso semelhante é o 'Vixê!', dos mais terríveis, outra disfarçada invocação à Virgem. 'Aff' também está na mesma, vindo de 'Ave', do 'Ave Maria' de tantas orações. Mas esse ainda tem a desculpa de ser uma simples saudação, ou pronome de tratamento, como 'Vossa Excelência'. Vide 'Ave César', embora faça menção a deificação do líder.
E ainda tem as mais agressivas, que não só quando proferidas pela sua própria boca não-cristã são contraditórias, mas quando direcionadas a você. 'Credo!' e 'Cruz!' e o 'Cruz, credo!' se encaixam aí, já que não só expressam espanto e surpresa, mas também desgosto e indo mais além praticamente exorcizam a pessoa! Não me lembro quem foi que disse que todos têm demônios interiores, mas é pra isso que existem interjeições assim.
Chegando nos regionalismos, peguemos o 'Voti!', 'Vote!' ou 'Votes!', depende de onde você vem. Mais encoberto ainda, está lá um 'Vou te esconjurar!', terrível, terrível e ameaçador.
Claro que não são só os Católicos entram nessa história, mas todos os religiosos. Lá fora, com os falantes do inglês e sabe-se lá pertencentes a que religião, tentaram evitar incorrer num pecadinho bobo, e deturparam o 'Oh, My God!' atirando em seu lugar 'My Gosh!'.
Agora, irritante mesmo são os desejos expressos pelos catoliquinhos, como 'Se Deus quiser!', 'Queira Deus!', 'Graças a Deus' ou 'Vá com Deus!'. Para se ter idéia do tamanho da ofensa que é dizer se mais nem menos dessas, imagine o católico ouvindo de um ateu com toda a sinceridade e sem mal algum no coração um 'Vá SEM Deus em seu caminho!'. Sem comentar os politeístas então, pelos Deuses. E graças a Deus nada, ou foi mérito próprio do agraciado ou pura sorte.
Como livrar-se desse vício? Difícil, mais do que largar da nicotina, já que aparentemente este não faz mal algum, senão ferir ideologicamente os mais sisudos. Pais realmente conscientes da criação imparcial de seus filhos deveriam impedi-los não apenas de ouvir palavrões(se é que isso é correto), mas também de ouvir essas interjeições de cunho religioso. E nem comentemos também os pobres batizados sem saber falar 'papai', que dirá 'padre'.
Malditos soldados jesuítas.
Um comentário:
Nossa... Graças a Deus, Nossa Senhora abençoou você com o dom da palavra! Ave Maria, essa criatura tem uma facilidade que só de Deus mesmo, é um dom natural, flui que nem bondade de Nosso Senhor, Jesus Cristo! Que você, meu filho, nunca perca essa benção. Ave Maria, cruzes, não consigo nem imaginar você mudo!
Postar um comentário