sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Oculata

Um diria que não há nada pior
que a chave girando em falso
no buraco da fechadura

Outro que mesmo à porta aberta
já há muito não se pode passar
porque se é um idiota grande demais

Mas não há nada igual
a chave pesada demais
pra conseguir tirar do chão

quinta-feira, 11 de março de 2010

Os Três Reis Magos

E mais ultimamente uns e outros vem decidindo não ter filhos. Há várias razões para isto, desde o ainda tenro desprendimento da sociedade de uma série de questões morais até a tecnologia para tanto. Que, no fim das contas, só é possível dada a primeira consideração. E viva o método anticoncepcional.

E o legal é que uns destes outros e dos uns vem fazendo isto pra viver melhor, porque está os olhos da cara viver. Botar mais gente no mundo acaba fazendo com que os uns acabem cegando os outros, ou o contrário, depende de quem pegar o bisturi primeiro e não tiver medo de sangue.

Válido, de todo modo. E o lance chega ao ponto de não mais precisar trabalhar, só continuar por ali fiscalizando o vento, então, sem prospectos maiores do que senão o Carpe Diem. Viva Horácio.

Só que vivem dizendo que a humanidade precisa procriar para perdurar e patati, patatá. Mas de quantos precisamos pra mantê-la viva então? Digamos, que uma meia-dúzia de sujeitos formam casais, todos selecionados, ou melhor dizendo,  geneticamente idealizados (não perfeitos, todo mundo sabe que isso não seria promissor...). Aí, esses casaisinhos tem um filho cada e vamos tocando o barco...

Pois bem, aí, eles dão continuidade a espécie e os demais vivem a esbórnia. Só que vale lembrar que ter filhos é caro, foi por isso que ninguém mais quis ter, então vamos ter de dar um jeito praquela meia-dúzia de loucos abnegados bastiões da humanidade viverem também e criarem seus filhos e tals. Aí, se os sujeitos acabam tendo que sustentar o mundo, nada mais justo que o mundo sustente eles!

Então, vamos lá, esta é a charada do dia: Se cada outro sujeitinho dos uns e outros esborniando na terra dá lá um conto na vida pros filhos da meia-dúzia, que é que nós temos?

Seis bilhões de contos? Não, três reis magos, seu mané.

Quem me dá respostas a trívia do mundo?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O BRASIL FINANCIOU A CHINA

Sempre há que se perguntar em todo Carnaval como se faz confete, o de papel, que veio do doce, picado. Pois resposta é muito óbvia, nada mais é que papel picado. Picado como? Simples, círculos na folha lisa, tesourinha, mãos-à-obra. Agora, como picar TANTO papel para as brincadeiras dessa época do ano só tem uma resposta: Chineses.



Eis como os piratas brasileiros tentaram derrubar a indústria chinesa.



E nisso é fácil entender como o grande comoditie chinês é o confete, afinal consome-se toneladas de papel pra isso, que acabam nos entupindo os ralos de banheiros das moças encaracoladas e as bocas-de-bueiro das ruas depois das malevolidades. A China só é a potência de hoje por conta do Carnaval brasileiro, que demanda toneladas e toneladas do produto e por conseguinte milhares de operários picando papel. Isso sem falar nos empregos indiretos, desde as fábricas de tesoura e seus respectivos afiadores, papel e tudo o mais. E da China também vieram os primeiros processos de reciclagem de papel, todo mundo sabe.

Interessante observar inclusive uma estratégia em concordância com o governo brasileiro de longos anos, desde quando tentou-se exportar muito do formato dos carnavais (com menos sucesso) e seus artistas (com maior sucesso, graças às coxas grossas). Infelizmente o confete não emplacou da mesma maneira, mas os chineses foram rápidos e criaram outros artifícios, feito as latas de espuma que contaminaram várias outras festas ao redor do globo. Sem falar nas camisinhas chinesas, às quais se precisou de extensa pesquisa para definir os padrôes, muito diferentes do oriente. Ou mesmo das cornetas, que invadiram jogos de futebol. E não, não é uma teoria de conspiração, o futebol mal é brasileiro, vá lá.


Claro, o primeiro grande trunfo chinês foi a pólvora, depois o confete. E no meio disso, os fogos de artifício. Preciso falar de quanto a Reveillon de Copacabana cresceu nos últimos anos? E os fogos de artifício ainda por cima, usam como matéria-prima também os restos do picote dos confetes. Aliás, os fogos de artifício são a grande inspiração que levou ao confete, que na China é comercializado como fogos de artifício para a luz do dia. E são silenciosos, não incomodam os vizinhos nem assustam os animais!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

i

Havia chovido. E haviam brigado.

Em seu quarto ele ouvia, já na alta madrugada, o último dropejar das telhas ao chão, enquanto apertava as teclas de seu celular a cada vez que a luz do visor se apagava, para não perder um segundo pra atender a ligação.

Aqui não faz muita diferença quem seja este sujeito, afinal todos estão suscetíveis aos males que o acometem. Inclusive o dos celulares.

Muitos pensamentos envolvendo bobagens tinham cercado sua cabeça nas últimas horas. Tudo um espelho fertilizante da vida que levava. Não que ela fosse desregrada, já que ele se justificava pensando em casos piores, aqueles das respostas de perguntas para mães sobre o que de pior poderia acontecer ao futuro de seus filhos. Enfim, o garoto estava na linha da mediocridade do descaso para consigo: acordando a altas horas do dia, tomando por café o arroz e feijão das sobras do almoço da casa, perdendo-se entre programas de televisão e pornografia barata durante o restante do tempo.

Tinha adormecido por breves instantes, até que a bendita ligou. Com voz ainda chorosa, atropelada, dizia ela que não podia dormir de jeito nenhum e que pensava em muitas coisas para dizer e que não se arrependia do já dito porque estava certa. Certíssima. Ele só dizia:

– Eu sei, eu sei... Eu entendo, eu entendo...

Isto, quando queria pedir desculpas. Mais uma vez faziam discussão (ou ela fazia) sobre como ele atraia sirigaitas de toda estirpe, especialmente as de sua vida passada. E ele, verdadeiramente se sentia culpado no ciúme doentio da garota.

Soluçando, já que o choramingo irritante agora dava lugar a berrinhos da madrugada na mais nauseante voz aguda, ela exigia providências, impaciente. Ele, franzindo a testa ao mesmo tempo em que leva a mão aos cabelos raspados, põe-se a um canto em tom lamurioso:

–Amor, amanhã de manhã logo cedo conversamos, que agora simplesmente não dá pra continuarmos essa discussão...

Secamente, ela replica:

–Tá, então se você quer assim... Vou esperar sua ligação. Vê se MELIGA! Tchau.

E desliga o telefone. Ele fica olhando por mais alguns instantes o aparelho, até que as luzes se apagam mais uma vez. Adorava aquelas luzes. Tinha trocado o painel luminoso, antes verdolengo, pelo novíssimo azul que eletrizava toda a atmosfera do quarto.

domingo, 22 de março de 2009

Dos pequenos infortúnios que acontecem na vida

Esse era pra ser um post divulgado praqueles que tivessem mil acessos no blog. Como ninguém lê nada por aqui, vou despeijar de qualquer jeito mesmo.

Manja quem seja André Midani? Pois bem, o sujeito é altamente relevante para a indústria fonográfica brasileira, quiça do mundo. E por conseguinte, para a música. Tanto que quase cogitei lançar a dica no Programa Bluga, que tem mais acessos, mas as pessoas não merecem isso.

O sujeito publicou um livro narrando algumas passagens dessa relação, intitulado 'Música , Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download'. A faixa de preço desse monte de papéis começa nos R$27,90 e vai até os R$39,90 (Fonte: BuscaPé). Acontece que a Saraiva cometeu um deslize... Ou o sujeito é um filântropo: De R$39,90 por R$9,90. Mais frete, claro. Aqui, ó: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=2598065&ID=C95C1EE07D903170918180645

Eu comprei um, por desencargo de consciência. Nem sei da real do texto, só soube do lançamento por conta de um post no Contraditorium, mas trombei com o material outro dia desses numa FNAC e dei uma olhadela... Parecia divertido. E, afinal, nunca tinha me acontecido uma dessas, não podia deixar passar.

Pra quem não acredita, aqui vai o Print Screen.



Vamos ver quando tempo dura isso no ar, quantos vão comprar e quem de fato lerá o livro.

Nota do editor: Durou um diazinho só.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A Mecenas?

Outro dia desses aconteceu uma daquelas coisas inusitadas da vida. Eu precisava comprar um pote de tinta branca, para pintar um cartaz e tals. Havia me esquecido disso até me deparar voltando do almoço com outro camarada, procurando por uma papelaria, que quer que fosse. Topei com uma casa de artesanato. Eu divida veementemente que ali eu conseguiria COMPRAR tinta, mas o camarada insistiu, justificando que não custava nada tentar, e entramos. Disparei logo que entrei, já querendo sair correndo dali:
_ Vocês não tem tinta pra vender não, tem?

Negando a negação eu pergunto a afirmação, mas com todo o tom desesperançoso. Lá, num cubículo empoeirado duas senhoras envoltas em trocentas caixinhas com aspecto velho assistiam ao telejornal local. A senhora mais velha, que aparentava ser a dona do lugar, enquanto a outra era a manicure visitante, respondeu:
_Não, não temos. Já ia me distanciando sem nem dizer obrigado, como quem está com a pressa inerente a todos hoje em dia quando ela me inquire:
_Pra que você quer tinta?
_Para fazer um cartaz em papel Kraft... Respondo eu, para ouvir da senhora:
_ Que tipo de tinta?
_ Pode ser guache mesmo, acrílica...
_Pra pintar em papel?
_Papel.
_Que cor?
_Tinta branca.
_Quanto?
_Um pote de uns trezentos ême-éles, respondi, fazendo menção ao tamanho do pote com os dedos da mão direita, enquanto a senhora se levantava e ia aos fundos do cubículo, que no final não era tão cubicular assim.

Olhei para o camarada que fez cara de "whatahell", enquanto a manicura virava pra nós e perguntava se tínhamos visto na tevê a tal estudante que comemorava sua aprovação no vestibular e foi atingida por uma bala perdida ou coisa que o valha. Eu não estava prestando atenção. Felizmente o camarada deu a atenção mínima necessária a coitada.

Voltou a dona do lugar, com uma enorme embalagem de amaciante, dizendo:
_ O problema é achar um pote agora! Achou o pote debaixo de uma mesa qualquer, um vidro desses cafés instantâneos, tipo NESCAFÉ e começou a despejar a tinta, branca, aos tantos. Perguntou de novo:
_ Quanto você precisa? Fiz de novo o sinal universal de "um tanto assim" enquanto respondia.
_ É pra papel, não é?
_ É.
_ Então dê duas mãos de tinta, que tem um pouco de resina misturada. Tem pincel?
_ Tem, tem sim.
_ Ah, se não tivesse eu te dava o pincel também. Agradecimentos obsequiosos demais e saio feliz de lá com meio quilo de tinta, que me economizou uns bons cobres. O camarada comentava algo como "tá vendo, se você não tivesse entrado aqui, blábláblá, bluga, bluga" ou algo como "valeu a pena ter entrado ali, outros blábláblás".

Eu já começava a pensar que ter agüentado a manicure comentando sobre alguém que morreu quando obviamente eu não tinha visto a notícia que acabava de ser veiculada, sem nem pensar na coitada da vítima (que frieza, deuses), quando me indaguei a respeito do por que da senhora ter me DADO a tinta. Primeiro imaginei que ela devia estar falindo, pelo aspecto do lugar e se livrando da tinta como podia, afinal não custava nada.

Perdi-me dessa questão até lembrar que provavelmente a senhora era uma artista sem talento, apenas vontade e talvez habilidade. Que por sinal, estava repassando as técnicas aprendidas a outros tantos, tentando despertar o talento em almas perdidas. E o mais interessante, ela estava incentivando arte.

Mesmo sem grandes posses para promulgar a arte como faria Lourenço, patrono de Michelangelo, se é que é razoável essa comparação, a senhora lá ajudava a levar arte a quem precisa. Claro, eu só faria um cartaz com a tal arte, mas ela estava fazendo sua parte, o mínimo possível.

Mais uma vez pensando sobre isso, será possível que pequenos atos como esse de fato levem a algum lugar? Há uma abertura cultural na sociedade? Enfim, tomara. De qualquer maneira, você já fez algo desse naipe?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Do 'Nunca mais do mesmo'

O post vem hoje noutra introspecção, já que falta dizer o porquê do 'Nunca mais do mesmo'. Não das questões ideológicas que levaram ao blog, afinal comentei o fato no post inaugural, mas sim do imediato porque do nome esdrúxulo. E aproveitemos para explicar também estas razões.

Claro que esta seria outra crônica típica, não fosse a contagem, já na casa da centena, de historietas que culminam no fenômeno, no fato que levou a voz a proferir 'nunca mais do mesmo'. Pode-se dizer que o bendito nome é atribuído a minha insatisfação pessoal para com a estagnação que acomete vários braços da cultura.

Temo dizer que se instalou uma falta de idéias tamanha em diversos segmentos, senão todos. Aqui posso falar abertamente apenas daquilo mais mundano, que acompanho com certa atenção, já que não tenho o gabarito para justificar algumas das minhas linhas de pensamento. Seja no cinema, seja nos livros, seja nos quadrinhos, parece que ninguém tem mais nada a acrescentar, nenhuma nova história a contar. Não se inova mais?

Esta idéia e sentida especialmente na música, que apesar da massiva produção última, tem um foco extremamente comercial. Assim, não-ter-vergonha-de-copiar-o-que-dá-certo leva a bandas e mais bandas idênticas, tanto em proposta, quanto em sonoridade. Aqui e lá fora. Além das cópias óbvias, ainda restam as chamadas releituras, os rearranjos. Muito embora eu os admire com relativa freqüência, exatamente em que momento se tentará criar algo novo? Uma nova escola, um novo estilo em vias de fato? Ou será que o tempo passou muito pouco para que percebamos as mudanças, tão lentas como o ponteiro dos séculos perto dos décimos de segundo?

Tomando dos filmes agora, chega a ser ridícula a quantidade de remakes por aí afora. Não só de obras de trinta, quarenta anos atrás, mas filmes de cinco, seis anos atrás. E claro, isso é a crítica imediata à Hollywood, que afirma falar uma língua diferente do resto do mundo e acha que precisa traduzir as produções européias, asiáticas e afins para sua cultura. A meu ver, isso é uma afronta sem tamanho ao original, cuja intenção era ser apresentado exata e unicamente da maneira em que foi feito, não para um público específico, mas para todo aquele que vai ao cinema. E é obrigação daquele que vai ao cinema entender, ou passar a conhecer, as questões cotidianas e do momento histórico ali transposto e não o oposto. Do contrário, seria sem objetivo algum ver filmes de outra visão. Mas enfim, batam palmas para o Oscar. Grande Scorcese, aprendendo com os chineses de Infernal Affairs (Mou Gaan Dou) em seu Os Infiltrados (The Departed). E ainda querem fazer uma adaptação do coreano OldBoy do Chan-wook Park. Com o Espilbergo. AND, o Rei do Pedaço. Daqui a pouco vão fazer um desenho animado de Corra, Lola, Corra (Lola rennt). Ah, sim, e fizeram um remake Psicose (Psycho) não fizeram?!?

E na mesma linha vêm as adaptações de outras mídias. Estranhamente, a grande maioria dos filmes mais aclamados, são adaptações e livros. O Poderoso Chefão (Godfather), Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption) O discurso de que o livro é melhor é tão recorrente que se tornou banal, assim como idéia de que se deve avaliar a história unicamente naquele formato, esquecendo todo o resto. Embora esse naipe de adaptações tenha seu mérito, pouco se explora a linguagem própria e única do cinema. Uns e outros tentam e ainda são chamados de "alternativos". Nem comento.

E dos livros em si, acho estranhíssimo nomear os escritores do século quando não se passou ainda uma década da virada. Quero dizer, obras consagradas o são por terem sobrevivido aos anos, mais de uma centena com certeza. Talvez seja nosso hábito de encarar as novas mídias, como o cinema e já apontar ali seus clássicos. Um filme com dez anos já é um clássico? E não creio que apontar os mais vendidos hoje para uma previsão futura do que serão os clássicos seja razoável. Afinal, quando foi que Dan Brown retratou em vias de fato esta época?

Aliás, Dan Brown é um sujeito engraçadíssimo. Apesar de eu não poder criticar nem de longe seu uso recorrente da mesma fórmula em todos os livros, afinal um de meus autores prediletos, Jules Verne, o fez em dúzias. Sempre estão lá três sujeitos, com uma donzela em porto seguro, vagando ao encontro de seu inimigo. Um homem instruído, outro prático e o herói carismático, lutando contra o tempo, contra as entranhas da Terra, contra Nemo. Mas veja que em sua produção prolífica, ele era um visionário. Brown, um repetitivo ilusionista. É até interessante ler um livro dele. UM.

E nem de longe eu comparei Dan Brown a Jules Verne. Eles nem deveriam ser colocados no mesmo parágrafo.

Já para os quadrinhos, eu diria que a coisa não é nada melhor, só piora. Enquanto as grandes da indústria dos EUA, Marvel e DC, nunca põem fim às histórias de seus personagens, tão velhos que o primeiro fã deve estar para bater as botas quando ler que Stan Lee morreu praticando Parkour, o mundo se rende aos quadrinhos asiáticos, o mangá, o manhua, o manhwa ou outras contrapartes. Para nós ocidentais, foi um abrir de olhos, que já tinha inspirado inclusive alguns americanos coisa de vinte anos atrás, feito Frank Miller. Mas chegam aqui as grandes vendagens japonesas, que já se repetem na sua busca pelo mais forte. Impressiona pouca coisa, daquilo que chega às mãos, mas dá pra citar um FLCL, e outros do material da Gainax, para citar as animações, ou escrito pelo Naoki Urasawa, ultimamente. Depois de dilatar as pupilas, o mundo procurou as escolas européias, com quadrinhos adult(er)os franceses, ingleses e afins. E mesmo os quadrinhos "para crianças" de Goscinny e Hergé. E depois caíram em gente como Gaiman e Alan Moore. Que por sinal vão pro cinema...

Sinceramente, existem universos que não podem ser transpostos a linguagem do cinema. Mesmo com gênios da arte trabalhando-a, não dá, simplesmente não dá.

Talvez olhando para trás se perceba que uma mídia lendo outra seja algo natural. Prosa e a poesia, antes mesmo de se tornarem clássicos, encontraram a música um dia, antes d'ela ser erudita. Com elas vieram as óperas, depois o teatro. Hoje, a seção de livros mais vendidos, os quadrinhos e mesmo videogames, acham o cinema, que faz uso dos nomes da música pop. Não necessariamente nessa ordem.

Agora, Voltando ao 'Nunca mais do mesmo', a idéia era tentar ter todos os dias, ou quando houvesse tempo para escrever um novo prato principal aqui. Obviamente isso seria um tanto quanto pretensioso, como toda revolução, mas enfim, tentaremos. Não que a intenção seja revolucionar, entende-se que isso é impossível, mas forcemos essa barreira um pouco. Se essa vontade não for concretizada, lembremos comer fora nas ocasiões especiais.