Sempre há que se perguntar em todo Carnaval como se faz confete, o de papel, que veio do doce, picado. Pois resposta é muito óbvia, nada mais é que papel picado. Picado como? Simples, círculos na folha lisa, tesourinha, mãos-à-obra. Agora, como picar TANTO papel para as brincadeiras dessa época do ano só tem uma resposta: Chineses.
Eis como os piratas brasileiros tentaram derrubar a indústria chinesa.
E nisso é fácil entender como o grande comoditie chinês é o confete, afinal consome-se toneladas de papel pra isso, que acabam nos entupindo os ralos de banheiros das moças encaracoladas e as bocas-de-bueiro das ruas depois das malevolidades. A China só é a potência de hoje por conta do Carnaval brasileiro, que demanda toneladas e toneladas do produto e por conseguinte milhares de operários picando papel. Isso sem falar nos empregos indiretos, desde as fábricas de tesoura e seus respectivos afiadores, papel e tudo o mais. E da China também vieram os primeiros processos de reciclagem de papel, todo mundo sabe.
Interessante observar inclusive uma estratégia em concordância com o governo brasileiro de longos anos, desde quando tentou-se exportar muito do formato dos carnavais (com menos sucesso) e seus artistas (com maior sucesso, graças às coxas grossas). Infelizmente o confete não emplacou da mesma maneira, mas os chineses foram rápidos e criaram outros artifícios, feito as latas de espuma que contaminaram várias outras festas ao redor do globo. Sem falar nas camisinhas chinesas, às quais se precisou de extensa pesquisa para definir os padrôes, muito diferentes do oriente. Ou mesmo das cornetas, que invadiram jogos de futebol. E não, não é uma teoria de conspiração, o futebol mal é brasileiro, vá lá.
Claro, o primeiro grande trunfo chinês foi a pólvora, depois o confete. E no meio disso, os fogos de artifício. Preciso falar de quanto a Reveillon de Copacabana cresceu nos últimos anos? E os fogos de artifício ainda por cima, usam como matéria-prima também os restos do picote dos confetes. Aliás, os fogos de artifício são a grande inspiração que levou ao confete, que na China é comercializado como fogos de artifício para a luz do dia. E são silenciosos, não incomodam os vizinhos nem assustam os animais!