quinta-feira, 11 de março de 2010

Os Três Reis Magos

E mais ultimamente uns e outros vem decidindo não ter filhos. Há várias razões para isto, desde o ainda tenro desprendimento da sociedade de uma série de questões morais até a tecnologia para tanto. Que, no fim das contas, só é possível dada a primeira consideração. E viva o método anticoncepcional.

E o legal é que uns destes outros e dos uns vem fazendo isto pra viver melhor, porque está os olhos da cara viver. Botar mais gente no mundo acaba fazendo com que os uns acabem cegando os outros, ou o contrário, depende de quem pegar o bisturi primeiro e não tiver medo de sangue.

Válido, de todo modo. E o lance chega ao ponto de não mais precisar trabalhar, só continuar por ali fiscalizando o vento, então, sem prospectos maiores do que senão o Carpe Diem. Viva Horácio.

Só que vivem dizendo que a humanidade precisa procriar para perdurar e patati, patatá. Mas de quantos precisamos pra mantê-la viva então? Digamos, que uma meia-dúzia de sujeitos formam casais, todos selecionados, ou melhor dizendo,  geneticamente idealizados (não perfeitos, todo mundo sabe que isso não seria promissor...). Aí, esses casaisinhos tem um filho cada e vamos tocando o barco...

Pois bem, aí, eles dão continuidade a espécie e os demais vivem a esbórnia. Só que vale lembrar que ter filhos é caro, foi por isso que ninguém mais quis ter, então vamos ter de dar um jeito praquela meia-dúzia de loucos abnegados bastiões da humanidade viverem também e criarem seus filhos e tals. Aí, se os sujeitos acabam tendo que sustentar o mundo, nada mais justo que o mundo sustente eles!

Então, vamos lá, esta é a charada do dia: Se cada outro sujeitinho dos uns e outros esborniando na terra dá lá um conto na vida pros filhos da meia-dúzia, que é que nós temos?

Seis bilhões de contos? Não, três reis magos, seu mané.

Quem me dá respostas a trívia do mundo?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O BRASIL FINANCIOU A CHINA

Sempre há que se perguntar em todo Carnaval como se faz confete, o de papel, que veio do doce, picado. Pois resposta é muito óbvia, nada mais é que papel picado. Picado como? Simples, círculos na folha lisa, tesourinha, mãos-à-obra. Agora, como picar TANTO papel para as brincadeiras dessa época do ano só tem uma resposta: Chineses.



Eis como os piratas brasileiros tentaram derrubar a indústria chinesa.



E nisso é fácil entender como o grande comoditie chinês é o confete, afinal consome-se toneladas de papel pra isso, que acabam nos entupindo os ralos de banheiros das moças encaracoladas e as bocas-de-bueiro das ruas depois das malevolidades. A China só é a potência de hoje por conta do Carnaval brasileiro, que demanda toneladas e toneladas do produto e por conseguinte milhares de operários picando papel. Isso sem falar nos empregos indiretos, desde as fábricas de tesoura e seus respectivos afiadores, papel e tudo o mais. E da China também vieram os primeiros processos de reciclagem de papel, todo mundo sabe.

Interessante observar inclusive uma estratégia em concordância com o governo brasileiro de longos anos, desde quando tentou-se exportar muito do formato dos carnavais (com menos sucesso) e seus artistas (com maior sucesso, graças às coxas grossas). Infelizmente o confete não emplacou da mesma maneira, mas os chineses foram rápidos e criaram outros artifícios, feito as latas de espuma que contaminaram várias outras festas ao redor do globo. Sem falar nas camisinhas chinesas, às quais se precisou de extensa pesquisa para definir os padrôes, muito diferentes do oriente. Ou mesmo das cornetas, que invadiram jogos de futebol. E não, não é uma teoria de conspiração, o futebol mal é brasileiro, vá lá.


Claro, o primeiro grande trunfo chinês foi a pólvora, depois o confete. E no meio disso, os fogos de artifício. Preciso falar de quanto a Reveillon de Copacabana cresceu nos últimos anos? E os fogos de artifício ainda por cima, usam como matéria-prima também os restos do picote dos confetes. Aliás, os fogos de artifício são a grande inspiração que levou ao confete, que na China é comercializado como fogos de artifício para a luz do dia. E são silenciosos, não incomodam os vizinhos nem assustam os animais!